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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lazer e fazer

Escrevi esta coluna de uma praia do Caribe, onde tirei dez dias de férias.
Eu respeito muito as minhas férias. Sou de uma geração que se gabava de não tirar férias, de não saber ficar sem trabalhar, de não saber curtir o lazer.
O lazer é fundamental, inclusive para o meu trabalho. Como diz Diana Vreeland, os olhos têm que viajar. Não dá só para ficar "googlando a vida", é preciso ver a vida.
É preciso internacionalizar o pensamento, confrontar os parâmetros. Ter uma visão das coisas que estão acontecendo. E nunca foi tão fácil viajar.
St. Barth é uma ilha pequena e isolada no Caribe, sofisticadamente simples. Uma Trancoso mais barata, onde os frequentadores são o mundo. De dia, você toma banho no Caribe; à noite, você janta na França.
Adoro sua água cristalina, sua beleza. Mas, sobretudo, os "globe-trotters" que andam por aqui. Gente interessante como um livro que você lê. Adoro ler livros e pessoas nas minhas férias. E adoro fazer isso sem frescura, com sandália de dedo e short molhado o dia inteiro.
É bom demais. Revigora o meu corpo, recarrega a minha bateria e alimenta a minha cabeça.
Leio, leio, leio. Olho, olho, olho.
Converso, durmo e namoro a minha mulher. Meus clientes compram meus olhos, e eu tenho um olho no popular, e outro, no mundo.
Por isso, adoro viajar pelo planeta. Primeiro, porque ele é a nossa casa. E, segundo, porque o mundo é global e a cabeça da gente tem que ser também.
Jesus celebrou o lazer quando transformou água em vinho num casamento em que o vinho acabou. O primeiro milagre de Jesus é uma celebração, e uma celebração à vida.
Aristóteles diz que o sentido da vida é ser feliz. Amo o que eu faço e aprendi a amar não fazer nada nas minhas férias.
Fico longe do celular, não leio revista ou jornal (coisa que eu amo). Detox total. Só leio livros.
Algumas das melhores ideias que tive eu roubei do mundo. Sou um ladrão das ideias e das imagens, um ladrão das coisas geniais que as pessoas me falam.
Minha criatividade vem dos meus olhos e das minhas orelhas.
Eu me dedico profissionalmente ao lazer. Tanto para ser feliz (o sentido da vida) como para estar atualizado, para estar antenado com o mundo.
Por isso, disciplinadamente, eu programo as minhas viagens.
Neste ano tão cheio de dificuldades e com o dólar mais caro, vou conhecer o Peru e andar, claro, pelo nosso Brasil. Que o turismo tem de ser a nossa praia.
O brasileiro é um povo muito trabalhador, como apontam pesquisas que comparam a carga de trabalho aqui com o que se trabalha nos outros países do mundo. Mas o brasileiro sabe também curtir suas férias e seu lazer, como vemos nas nossas praias, nas nossas cidades, nas beiras de rio e nos parques.
A Copa do Mundo foi um sucesso fora de campo muito por causa de nossa capacidade de lazer, de diversão e de receber calorosamente os outros.
O que precisamos é levar o lazer e o turismo ainda mais a sério por aqui. O Ministério do Turismo num país como o Brasil tem de ser prioridade. Precisamos aprender com a Disney World a receber e a entregar para os turistas do mundo todo o que eles estão procurando. Assim eles virão e voltarão.
O que não pode é, com uma costa do tamanho da nossa, termos só uma Trancoso. Ou deixar as nossas cidades históricas morrerem e os nossos museus se depauperarem (como denunciou Elio Gaspari nesta Folha no domingo).
Eu levo o turismo e o lazer a sério. Foi um conselho de ouro que recebi da minha analista: "Você é tão bem-sucedido em sua vida profissional, seja bem-sucedido também no seu lazer".
Essa frase é genial. Jesus diz isso quando elogia a irmã que refresca seu pé enquanto a outra fica no trabalho e não lhe dá atenção.
Portanto, quando eu tiro férias, estou trabalhando. E, como eu amo o que eu faço, quando eu trabalho, estou me divertindo.
O lazer e o trabalho retroalimentam o executivo moderno.

Lazer e fazer

Escrevi esta coluna de uma praia do Caribe, onde tirei dez dias de férias.
Eu respeito muito as minhas férias. Sou de uma geração que se gabava de não tirar férias, de não saber ficar sem trabalhar, de não saber curtir o lazer.
O lazer é fundamental, inclusive para o meu trabalho. Como diz Diana Vreeland, os olhos têm que viajar. Não dá só para ficar "googlando a vida", é preciso ver a vida.
É preciso internacionalizar o pensamento, confrontar os parâmetros. Ter uma visão das coisas que estão acontecendo. E nunca foi tão fácil viajar.
St. Barth é uma ilha pequena e isolada no Caribe, sofisticadamente simples. Uma Trancoso mais barata, onde os frequentadores são o mundo. De dia, você toma banho no Caribe; à noite, você janta na França.
Adoro sua água cristalina, sua beleza. Mas, sobretudo, os "globe-trotters" que andam por aqui. Gente interessante como um livro que você lê. Adoro ler livros e pessoas nas minhas férias. E adoro fazer isso sem frescura, com sandália de dedo e short molhado o dia inteiro.
É bom demais. Revigora o meu corpo, recarrega a minha bateria e alimenta a minha cabeça.
Leio, leio, leio. Olho, olho, olho.
Converso, durmo e namoro a minha mulher. Meus clientes compram meus olhos, e eu tenho um olho no popular, e outro, no mundo.
Por isso, adoro viajar pelo planeta. Primeiro, porque ele é a nossa casa. E, segundo, porque o mundo é global e a cabeça da gente tem que ser também.
Jesus celebrou o lazer quando transformou água em vinho num casamento em que o vinho acabou. O primeiro milagre de Jesus é uma celebração, e uma celebração à vida.
Aristóteles diz que o sentido da vida é ser feliz. Amo o que eu faço e aprendi a amar não fazer nada nas minhas férias.
Fico longe do celular, não leio revista ou jornal (coisa que eu amo). Detox total. Só leio livros.
Algumas das melhores ideias que tive eu roubei do mundo. Sou um ladrão das ideias e das imagens, um ladrão das coisas geniais que as pessoas me falam.
Minha criatividade vem dos meus olhos e das minhas orelhas.
Eu me dedico profissionalmente ao lazer. Tanto para ser feliz (o sentido da vida) como para estar atualizado, para estar antenado com o mundo.
Por isso, disciplinadamente, eu programo as minhas viagens.
Neste ano tão cheio de dificuldades e com o dólar mais caro, vou conhecer o Peru e andar, claro, pelo nosso Brasil. Que o turismo tem de ser a nossa praia.
O brasileiro é um povo muito trabalhador, como apontam pesquisas que comparam a carga de trabalho aqui com o que se trabalha nos outros países do mundo. Mas o brasileiro sabe também curtir suas férias e seu lazer, como vemos nas nossas praias, nas nossas cidades, nas beiras de rio e nos parques.
A Copa do Mundo foi um sucesso fora de campo muito por causa de nossa capacidade de lazer, de diversão e de receber calorosamente os outros.
O que precisamos é levar o lazer e o turismo ainda mais a sério por aqui. O Ministério do Turismo num país como o Brasil tem de ser prioridade. Precisamos aprender com a Disney World a receber e a entregar para os turistas do mundo todo o que eles estão procurando. Assim eles virão e voltarão.
O que não pode é, com uma costa do tamanho da nossa, termos só uma Trancoso. Ou deixar as nossas cidades históricas morrerem e os nossos museus se depauperarem (como denunciou Elio Gaspari nesta Folha no domingo).
Eu levo o turismo e o lazer a sério. Foi um conselho de ouro que recebi da minha analista: "Você é tão bem-sucedido em sua vida profissional, seja bem-sucedido também no seu lazer".
Essa frase é genial. Jesus diz isso quando elogia a irmã que refresca seu pé enquanto a outra fica no trabalho e não lhe dá atenção.
Portanto, quando eu tiro férias, estou trabalhando. E, como eu amo o que eu faço, quando eu trabalho, estou me divertindo.
O lazer e o trabalho retroalimentam o executivo moderno.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

VJ Spetto indica seus restaurantes e lugares favoritos em São Paulo




Guilherme Gomes/Divulgação
Negroni do Frank Bar *** ****
Negroni do Frank, o Bar

Spetto, integrante dos United VJs, indica abaixo lugares para curtir São Paulo, entre bar, restaurantes, ruas e baladas.
1. Frank, o Bar
Um bar para quem aprecia beber. E se aventurar nos sabores, aromas e misturas de Spencer é um privilégio. E o melhor é que você não precisa ir embora quando o bar fecha. A noite sempre pode continuar nos andares de cima, no Maksoud;-)
Hotel Maksoud Plaza. Al. Campinas, 410, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3145-8000.
*
2. Restaurantes japoneses
É uma tremenda injustiça falar somente de um restaurante japonês em São Paulo. Essa cidade exige respeito no assunto. Meus preferidos são o Samurai, generoso e aberto até mais tarde, o Lika com suas ovas e vieiras, o tradicionalíssimo Deigo e o moderno Minato Izakaya, que te leva para dentro de um cenário de filme ambientado em Tóquio. Tabe nasai!
Samurai (tel. 3208-6969), Sushi Lika (3207-7435), Deigo (3207-0317) e Minato Izakaya (3814-8065).
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3. Trackers
Misto de centro cultural, instituto educacional e balada, se mantém firme como reduto alternativo e patrocinador da diversidade. Para dançar como se não houvesse amanhã. E, na manhã seguinte, fazer um curso de tecnologia ou composição musical. Um espaço multiuso, algo ainda raro em SP.
R. D. José de Barros, 337, República, tel. 3337-5750.
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4. Paulista com a Augusta
É certo que ali tem cheiro de São Paulo, tem cara de São Paulo, é como São Paulo deve ser: gente nova, de tudo que é tipo, cosmopolita, lotada, profusa. Muitas vezes me perdi de madrugada nas duas bancas, uma de cada lado da av. Paulista. E depois descia, de acordo com a minha intenção (boa ou má), para um dos lados da Augusta.
*
5.Santa Efigênia
Já foi mais pomposa, mas continua sendo o paraíso dos nerds-adoradores-de-placas-circuitos-e-chips. Você encontra qualquer coisa ali naquele quadrilátero, de policial comprando Windows pirata a chip controlador de braço robótico. Minha paixão são os sucatões, onde dá para encontrar relíquias. E dá para encerrar no Léo, tomando um chopinho e comendo um canapé de carne crua. Êêê terra boa!
Bar Léo. Rua Aurora, 100, Santa Efigênia, tel. 3550-1250.