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terça-feira, 22 de novembro de 2016





Galeto Sat's

Endereço: Rua Barata Ribeiro, 7 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ


    Resenha por Carol Zappa

    O salão pequenino, de acesso espremido entre as primeiras mesas e o balcão que protege a churrasqueira, é frequentado por tribos variadas. Trabalhadores procuram o almoço nos dias úteis, famílias tomam conta do mesmo horário no fim de semana, vizinhos fiéis jantam cedo por lá e o pessoal da praia faz escala nos fins de tarde. Mas é noite adentro que o Galeto Sat’s vira uma festa. De madrugada, as turmas se misturam e são todos, menos os chatos, recebidos de forma hospitaleira por Sérgio Rabello. Dono do negócio desde 2008, ele é, de bom grado, responsável pelo bom funcionamento da saideira — Elaine, a mulher, Rafaela e Raoni, os filhos, ajudam no dia a dia. Segundo o horário oficial, a casa fecha às 4 horas, mas, dependendo da conversa, o expediente continua, de portas cerradas, até o dia clarear. Abastecem a boemia tulipas de chope Brahma (R$ 6,50, 350 mililitros) e as sugestões do braseiro. Dois hits locais são a linguiça (R$ 5,00) e o galeto crocante e macio ao molho sat’s, de laranja, limão, ervas, alho e pimenta (R$ 28,00). A opulenta farofa, com pouca farinha e meia dúzia de ovos (R$ 18,00, a meia porção), serve de guarnição ou tira-gosto, devorada de palito. Quando engata conversa, o anfitrião não perde a chance de mostrar seu orgulho: os mais de 300 rótulos de cachaça que enfeitam prateleiras e animam brindes. Ele ensina detalhes sobre preciosidades como a paraibana Cigana, envelhecida em carvalho (R$ 15,00 a dose), ou a gaúcha Weber Haus Reserva, que passa por bálsamo e carvalho francês (R$ 18,00). Com esses atrativos, o lugar foi, quase por unanimidade do júri, consagrado pela segunda vez a melhor saideira da cidade. Mas deve surgir em breve um rival à altura: Serjão, como é conhecido, está levando uma filial do campeão para Botafogo, pilotada ao lado do filho Raoni.
    Preços checados em julho de 2016.
    Saideira
    Entre anônimos e chefs — além de Thomas Troisgros e Rafa Costa e Silva, do Lasai, o espanhol Andoni Luis Aduriz, do premiado Mugaritz, e o astro da TV Anthony Bourdain já bateram ponto por lá —, pequenas multidões se espalham pela calçada noite adentro, em busca do último chope Brahma (R$ 6,50, 350 mililitros). O saboroso cardápio, aliado à simpatia caseira no atendimento, justificam a consagração do tradicional boteco como a melhor saideira da cidade, segundo o júri da última edição do especial COMER & BEBER, publicado por VEJA RIO. Da churrasqueira a carvão ­saem verdadeiras delícias. Antes da etapa principal, peça a porção de coração de galinha (R$ 24,00). Sempre bem temperada e no ponto perfeito, a entrada tornou-se um hit, ainda mais se for acompanhada pelo pão de alho com bastante manteiga (R$ 7,50). Prove uma das mais de trezentas opções de cachaça da carta montada pelo proprietário e estudioso do assunto Sérgio Rabello. Boa sugestão, a gaúcha Weber Haus Black passa por dois tipos de madeira: bálsamo e carvalho francês (R$ 18,00 a dose). 

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