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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
As pegadinhas do nosso inconsciente. Por Claudia Penteado
Revista Época
No emaranhado de informações com que lidamos diariamente, afogados em dados e versões de muitas e muitas histórias, volta e meia nos deparamos com algo bacana. É o caso de um artigo publicado recentemente no blog do Buffer, que chama a atenção para os erros que, quem diria, nossos cérebros cometem o tempo todo, sem que nos demos conta. São erros, segundo o artigo de Belle Beth Cooper (profissional de conteúdo do Buffer), cometidos por nosso inconsciente, numa espécie de gestalt habitual, mas que podem ser evitados – desde que tomemos consciência de sua existência. Vamos a eles.
O primeiro erro que cometemos é o seguinte: nos cercamos de informações que combinam com nossas crenças. Em geral, gostamos de pessoas que pensam como a gente. Isso significa que, inconscientemente, acabamos ignorando ou descartando qualquer coisa que ameace nossos pontos de vista. No artigo, Belle diz que isso se chama “Confirmation bias”: é uma experiência passiva de confirmação contínua daquilo em que acreditamos. Ela usa um vídeo de lançamento do livro “You are now less dumb”, de David McRaney, como exemplo da tendência das pessoas em cultivar certas crenças sem desafiá-las.
O segundo erro comum chama-se “a ilusão do corpo do nadador”. Normalmente confundimos fatores seletivos com resultados. Uma espécie de pegadinha no estilo “ovo ou galinha”, mas o fato é que nossa mente nos engana mais do que imaginamos. Acreditamos, por exemplo, que nadadores têm corpos perfeitos porque são bons nadadores. Na realidade, nadadores são bons porque seus corpos foram elemento essencial de seleção que lhes permitiu, a priori, tornarem-se excelentes nanadores. E, claro, o treinamento aprimorou seus corpos.
O terceiro erro cometido é nos preocuparmos com coisas que já perdemos. Costumamos nos preocupar com perdas – não só de dinheiro, mas energia e tempo - porque, segundo o psicólogo Daniel Kahneman, em seu livro Thinking Fast and Slow, nos apegamos a elas muito mais do que aos ganhos. Isso porque a humanidade convive com uma impressão arquetípica poderosa: a de se defender e evitar ameaças, desde os tempos das cavernas, muito mais do que maximizar oportunidades. Isso nos impede de fazer escolhas com base no que nos renderá melhores experiências no futuro, no lugar daquelas que simplesmente nos farão ter a sensação de “compensar” experiências ruins do passado. Se você compra um ingresso para um filme ruim, você fica assistindo até o fim para fazer com que ele “se pague” ou sai do cinema e usa seu tempo para fazer algo mais divertido? Faz pensar.
O quarto erro recorrente é que costumamos prever “vantagens”. Se o time vem ganhando, acreditamos que continuará ganhando. Mas as nossas chances de ganhar ou de perder, se dependemos da sorte e do acaso, se equivalem. É uma espécie de “falha” no nosso pensamento de criaturas sem qualquer lógica ou coerência. Mais uma vez, colocamos muito peso em experiências do passado e confundimos nossa memória acreditando que o futuro funcionará dentro de um determinado “padrão” já introjetado. Essa falha costuma levar jogadores compulsivos à falência porque eles sempre acreditam que a próxima jogada será a da sorte. Porque provavelmente tiveram alguma experiência de sorte no passado, claro.
O quinto erro é racionalizar compras que não queremos fazer. Quem nunca? Vivemos tentando nos convencer de que fizemos boas compras, tentando justificar mais um par de sapatos ou bolsa. Mesmo sabendo que eram caros demais, você usaria pouco ou talvez nunca. Mas somos ótimos em nos convencermos de que precisávamos de algo que no fundo...sabíamos que não. É uma espécie de racionalização pós-compra, uma síndrome, mesmo, usada para dar algum conforto ao ato equivocado. Uma tentativa da nossa mente de nos manter na zona de conforto da consistência, sem escorregar para a dissonância cognitiva que toma conta quando tentamos, desesperadamente, nos definir entre duas ideias ou teorias opostas.
Sexta “armadilha” do nosso inconsciente: tomamos decisões com base no efeito âncora. Ao invés de pensarmos no valor em si de uma determinada escolha, tendemos a compará-la a alguma outra escolha como justificativa. No artigo Belle cita o economista Dan Ariely como o suposto criador desse “efeito âncora”. Dan conduziu um experimento em que dois tipos de chocolates foram postos à venda, um ao lado do outro: um mais simples, gotas de chocolate da Hershey’s a um centavo cada, e outro mais sofisticado, trufas da Lindt a 15 centavos cada. As trufas desapareceram rapidamente, pois o consumidor agiu comparando as duas marcas e vendo qual era um “deal” melhor. Dan decidiu reduzir a diferença de preço entre os dois produtos: os kisses da Hershey’s de graça, trufas por 14 cents. As pessoas escolheram os Kisses. Dan tem vários exemplos de como as pessoas agem quando têm mais de uma opção, comparando-as, e nem sempre tomando a melhor decisão. Às vezes nos prendemos a um determinado valor e o usamos para efeito comparativo, quando na verdade há outros aspectos mais interessantes para serem analisados que passam absolutamente batido. Muitas vezes não sabemos, mesmo, o que preferimos. Soa familiar?
O sétimo erro recorrente: acreditamos mais na nossa memória do que nos fatos. Nem vou discorrer aqui como a memória pode nos enganar. Muitas vezes nossa memória nos faz tomar decisões de acordo com aqueles padrões do passado já mencionados no quarto item dessa lista de erros – ao invés de parar para analisar os fatos. Um pouco de objetividade pode ser bom.
Oitavo e último erro: prestar muito mais atenção aos estereótipos do que imaginamos. Belle cita nesse item um exemplo dos pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tversky que, em 1983, testaram esse aspecto incoerente do pensamento humano ao criar uma pessoa imaginária e pedir que as pessoas lessem a descrição e respondessem a uma pergunta. A descrição era de uma moça solteira, jovem e muito inteligente, formada em filosofia e engajada em demonstrações antinucleares na juventude. Colocam-se então duas alternativas e deve-se escolher a “mais provável”.
A primeira: Linda é caixa de banco. A segunda: Linda é caixa de banco e participa do movimento feminista. A maioria (85%) escolheu a segunda opção, mais detalhada, na verdade uma “pegadinha de linguagem” - pois repete a opção 1 incluindo um ingrediente limitador, para confundir as pessoas e suas visões estereotipadas. Isso demonstra o quanto se pode ser irracional e ilógico nas escolhas: a resposta dois simplesmente não poderia ser a correta numa pergunta sobre maior probabilidade.
Fica aí a lição de casa: tentar identificar esses vícios do inconsciente, que automatizam as decisões. E fazem errar.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
SORVETE EM NYC
Big Gay Ice Cream Shop
917DIARIES
A última descoberta que fiz aqui em NY é uma que vale muito a pena dividir com vocês. Localizado nos bairros West Village e East Village, encontra-se uma sorveteria muito divertida com o nome Big Gay Ice Cream Shop.
Os donos Douglas Quint e Bryan Petroff tiveram a idéia de servir sorvete de casquinha com as coberturas mais diferenciadas. Entre as opções estão azeite de oliva e sal do mar, cayenne, pó de wasabi, doce de leite, rosquinhas, coco queimado, nutella e outras delicias típicas americanas, como key lime curd, graham crackers, Nilla wafers, pumpkin butter, peanut butter e maple syrup. As combinações são únicas e eles sabem bem qual é a melhor mistura para agradar toda a clientela.
Algumas sugestões são o Salty Pimp (sorvete de baunilha, doce de leite, sal do mar e uma cobertura dura de chocolate) e Bea Arthur (sorvete de baunilha, doce de leite e pedaços de Nilla wafers). Além das combinações de sorvete de casquinha tem uma grande variedade de sabores de milk shakes e sundaes.
Difícil descrever o quanto é delicioso, tem que conferir de perto mesmo!
The most recent discovery I made in NY is one really worth sharing here with you. Located at both East and West Villages, a fun and humorous ice cream shop can be found with the name of Big Gay Ice Cream Shop.
The owners, Douglas Quint and Bryan Petroff, had the idea of serving soft-serve ice cream with a variety of different toppings such as olive oil and sea salt, cayenne, wasabi powder, dulce de leche, pretzels, toasted coconut, nutella, key lime curd, graham crackers, peanut butter, pumpkin butter, Nilla wafers, maple syrup, and much more. The combinations are unique and they know well which are the best options for their clientele.
A few suggestions are the Salty Pimp (vanilla ice cream, dulce de leche, sea salt, and a hard chocolate covering) and Bea Arthur (vanilla ice cream, dulce de leche, and crushed Nilla wafers). Other than these amazing combinations there are variety of milk shakes and sundaes flavors.
It’s hard to describe how amazingly delicious this all is, so the best bet is to try it yourself!
Big Gay Ice Cream Shop
West Village
61 Grove Street
East Village
125 East 7th Street
TECIDOS DE DECORAÇÃO
MANUEL CANOVAS
40FOREVER
Amo desde sempre os tecidos e o astral das coisas de Manuel Canovas, fora as velas perfumadas que são das melhores que já vi!
Agora sob a batuta da designer Ariane Dalle e possível de se encontrar em vários países, incluíndo o Brasil, os tecidos ficam mais acessíveis!
A primeira loja era localizada na simpaticíssima Place de Furstenberg, em Paris, e foi sempre um prazer entrar ali.
O Atelier:
JÓIAS JÓIAS JÓIAS JÓIAS JÓIAS
ILEANA MAKRI
40FOREVER
A designer de ascendencia grega, Ileana Makri, dividia seu tempo entre Londres e Paris, antes de se estabelecer na Grécia, onde ela desenha jóias lindas que refletem sua cultura e suas viagens desde 1987.
Ela é fascinada por símbolos místicos, como olhos gregos, cruz, estrela de David, animais, que ela considera serem pontes entre as muitas crenças e culturas… Com essa inspiração ela cria desenhos super modernos e chics.
Sucesso absoluto em Hollywood, convido vocês a verem um pouco de seu trabalho!
AC
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
BAR EM SAMPA
Riviera: o já famoso bar de Alex Atala e Facundo Guerra
GASTROLANDIA
Um dos bares mais icônicos de São Paulo, o Riviera, foi aberto em 1949 por Ignacio Maniscalco, no térreo do edifício Anchieta, no último centímetro da Avenida Paulista. Por décadas atraiu toda sorte de frequentadores (elite do café, professores, estudantes, esquerdistas na época da ditadura…) até que definhou e caiu no abandono. Há cerca de um mês voltou a vida: depois de longa obra, os sócios Alex Atala e Facundo Guerra (sócio do Club Yacht e Cine Joia) reviveram o Riviera. E apesar de renascido há pouco tempo, já se tornou um sucesso. Não sem mérito: o ambiente é bonito e agradabilíssimo, a comida é boa e os drinques, bem feitos.
Apesar de investir em shows noturnos – como Tiê e Riviera Jazz Band-, com curadoria de Facundo, o Riviera não se limita ao horário. Pelo contrário: abre todos os dias às 12hs e fecha depois da meia noite. Isso tem razão de ser: um dos principais atrativos por ali é a comida, concebida por Atala e executada por Luciano Nardelli (ex-DOM), especialmente durante o almoço que dura até às 16hs em sistema de menu executivo (bufê de saladas, R$ 35; grelhados, R$ 9; guarnições, R$ 6) ou à la carte. Acho que o la carte vale bem mais a pena já que os preços do Riviera não são altos – pelo contrário, são bem ‘controlados’.
O menu é grande e variado: mandioca frita (R$ 19), tremoço (R$ 9), ceviche (R$ 25), Salada Riviera (tomate caqui, palmito, folhas e rabanete, R$ 21), Empada Juvenal (de palmito pupunha, acompanhada por salada de rúcula e abóbora assada, R$ 29), excelente Bruschetta da nona (queijo de cabra, escarola, cebola roxa, passas e amendoim, R$ 26), o bem apessoado Parmegiana com fritas (R$ 36) que reinava nas mesas ao meu lado, Steak Tartare com salada ou fritas (R$ 32)…. O estrogonofe (R$ 32) estava ok, mas realmente fez falta a crocância dada pelas fritas ou batata palha, item que não o acompanha.
Do que provei, gostei especialmente do simples e ótimo Royal, sanduíche montado em bom pão de forma e recheado com queijo, rosbife, tomate e picles de pepino (R$ 28). Grandão, dá tranquilamente para dividir. Entre os sandubas há ainda o Burger do Riviera (Gruyere, cebola roxa, tomate, rúcula e burger de 150 gramas, R$ 29) e o Lancha (filé a milanesa com tomate e rúcula, R$ 29).
Um terreno a ser bem explorado é a coquetelaria, sob comando do talentoso Jean Ponce. Pródiga em opções, a carta de drinques traz criações como o Terra da Garoa (cachaça Serra das Almas envelhecida, mel de flor de laranjeira, gengibre, hortelã, capim santo, vinagre de cana e limão tahiti, R$ 19) – agradável porém sem traço da picância do gengibre – e o Inácio(cachaça, Cointreau, mix de couve com limão, laranja, gengibre, hortelã, R$ 21). Clássicos de boteco vem em roupagem elegante, como o ótimo Maria Mole (conhaque Fundador, vermouth branco, angostura, suco de limão siciliano, R$ 15) e o Rabo de Galo (cachaça Serra das Almas e Carpano, R$ 17).
Para adoçar, prove a aerada e bela Torta Riviera: nela, camadas de finos crepes são intercaladas com chantilly e acompanhadas por laranja em calda (R$ 14). Para os saudosistas, rola creme de papaia com cassis (R$ 16) e Vaca Preta (R$ 16).
Se tem algo ainda enroscado por lá é o serviço: quando solicitei um Royal, apontando para a área de sanduíches do menu, me serviram um Kir Royal (espumante seco e licor de cassis, R$ 24), drinque do qual não sou nada fã. Mas já que estava ali, tomei… Desperdício pra quê, né?
Riviera: Avenida Paulista, 2584, tel.: 3231-3705
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